ILHA DE PÁSCOA – EASTER ISLAND – RAPA NUI
Por: Nassau Mega
Muitos não conhecem a Ilha de Páscoa, nem mesmo com a ajuda dos seus mais famosos “habitantes”: os moais! (grandes estátuas de pedra que serviam para homenagear líderes em épocas passadas). Sempre me perguntam onde fica e muitos ficam surpresos com a resposta: Chile! A Ilha de Páscoa é um dos lugares mais isolados do mundo, se não fosse o seu aeroporto internacional, seria uma verdadeira odisséia conhecê-la. Os aviões partem de Santiago para lá e seguem caminho para a Polinésia Francesa e outras ilhas do pacífico sul e vice versa.
Conhecida também como Rapa Nui (Além de ser o nome do local (“ilha grande”, é também o nome da língua falada pelos nativos e dos habitantes de origem polinésia), a ilha dista da costa chilena cerca de 3700km e é um dos vértices da Polinésia (os outros vértices são o Havaí e a Nova Zelândia) , inclusive, os chilenos, falam com orgulho, que seu país tem territórios em três continentes: America do sul, Oceania e Antártica.

A ilha possui um acervo natural de grande beleza aliado com uma cultura pré colombiana impar. Possui também uma pequena cidade (Hanga Roa) onde se concentram os hotéis, restaurantes e toda a estrutura necessária para receber os turistas. Tive a oportunidade de conhecer a ilha por acaso: minha namorada me alertou sobre uma promoção incrível da TAM (e LAN) para a ilha no valor de 1000 reais já com taxas ida e volta partindo de Salvador e em poucos minutos já éramos 13 amigos com passagens compradas e embarcando no mês de abril de 2013 para passar uma semana e conhecer o lugar. Após uma breve conexão em Santiago, fomos recebidos na Ilha de páscoa com saudações locais e colares de flores e conchas.
A cidade é bem urbanizada se comparada a Fernando de Noronha, o trânsito flui bem e o povo é extremamente educado e receptivo. O clima é tropical e não senti muita diferença com o clima de Salvador, a não ser pelo friozinho da noite. As águas do mar são um pouco mais frias, mas nada comparada com a costa chilena ou com as águas de Copacabana. A comida é cara e os passeios e hotéis têm um preço muito parecido com os praticados no Brasil.
Com uma semana de viagem, tive o prazer de conhecer bastante a ilha. Conheci vários sítios arqueológicos, alguns dos quais são passeios obrigatórios: Ahu Tongariki, que consiste em 15 moais enfileirados numa grande plataforma, onde você pode contemplar um belo nascer do sol. Temos também “a fábrica de moais” nas encostas do vulcão extinto Ranu Raraku, onde pode se observar moais esculpidos e ainda presos na montanha e outros que foram abandonados no meio do trajeto. São dezenas de estátuas magníficas, algumas com 14m de comprimento, algumas com até 20m. É um lugar fantástico e impressionante e não pode deixar de ser visitado. Neste mesmo lugar é possível adentrar na cratera do vulcão e apreciar o lago que está no centro, rodeados por alguns moais, é realmente um lugar imperdível.




Contratamos um guia que tinha dois carros ( mas o turista encontra lugares em Hanga Hoa pra alugar um) e em poucos dias percorremos vários sítios arqueológicos e ficamos ambientados com a história do povo e do lugar, acho imprescindível ter um guia para auxiliar nas explicações. Tivemos sorte! O nosso guia Fernando, apesar do nome, era um autêntico rapa nui e nos brindou com informações importantes e nos acompanhou por três dias. Outro passeio muito importante é a visita ao vulcão Rano Kau, pra mim o mais belo cenário natural da ilha: com seu lago inserido na sua cratera imensa e mirantes voltados para o oceano pacífico, constitui um passeio obrigatório para o turista. Lá no topo, está localizada a antiga e importante cidade de Orongo, um sitio arqueológico bastante preservado e com uma história rica e fundamental para os habitantes da ilha na época.


A ilha, por incrível que pareça, não foi favorecida com belas praias. São poucas as praias com faixas de areia. A mais bonita e conhecida delas é a praia de Anakenna: com suas águas azuladas e um vasto coqueiral é o ponto preferido dos turistas e nativos para um gostoso banho de mar. Lá se encontra também, como não poderia deixar de ser, uma bela plataforma com 5 moais, Outro belo Cartão postal Rapa Nui.

O último excelente passeio que fiz foi o mergulho de cilindro, são poucas as agências que oferecem e o preço é um pouco maior do que o encontrado em Salvador, mas com as águas super transparentes, chegando a 60m de visibilidade e com uma vida aquática reduzida na verdade, mas endêmica, com espécies diferenciadas, torna-se outro passeio imperdível para os adeptos do esporte.
Encontramos, todavia, passeios simples inclusive dentro da cidade de Hanga Hoa e nos arredores. Um mercado de artesanatos no centro para se comprar lembranças; há ali perto o porto onde conseguimos ter contato com as tartarugas ou simplesmente podemos contemplar o concorrido por do sol em Taihai (onde , por sinal, fui 3 vezes). Enfim, visitar a ilha de páscoa é conhecer paisagens incríveis, conhecer também uma história peculiar que foge muito do tradicional e ter a real sensação de estar isolado do resto do mundo.


Curiosidade:
Rapanui é o nome de uma língua falada na ilha de Páscoa
Não existem mais do que 2.500 indivíduos falantes do rapa-
nui, sendo uma língua em franca regressão. O rapanui
utiliza um abecedário de 13 letras, sendo 5 vogais.
Ótima descrição. Excelente dica!
Obrigada Luciana!
Ótimo!!!! Agora to doida pra conhecer
Obrigada pela participação.