Dia 20 de novembro, dia da Consciência Negra, dia de reflexão, dia que homenageia Zumbi dos Palmares, líder negro que morreu nessa data lutando para que seu povo não fosse mais escravizado.
Essa, infelizmente, é uma luta que permeia até hoje, no momento em que lutamos todos os dias para sermos aceitos num país em que o preconceito insiste em fazer parte do nosso cotidiano.
O empoderamento negro ressurge nos cabelos, nas roupas, no discurso mais consciente das novas gerações no que tange a seu papel na sociedade. No entanto, a cultura com raízes africanas não tem merecido destaque e pode se perder com o passar do tempo.
Nessa luta para manter pulsando a essência negra com todas as suas nuances, que a partir de hoje, dia 19 de novembro, foi aberta no Museu da Memória Viva dos Quilombos do Tererê e Maragogipinho na Ilha de Itaparica, a exposição fotográfica intitulada Essência Quilombola, que retrata os aspectos socioculturais da comunidade quilombola do Tererê e Maragogipinho localizados no Município de Vera Cruz, bem como Caxuté e Graciosa dos Municípios de Valença e Taperoá respectivamente.
Na exposição pode ver cenas do cotidiano dessas comunidades. A pesca artesanal, o momento da feitura da farinha e do famoso beijú, conhecido no sul do país como tapioca, o artesanato, as plantações de mandioca, enfim cenas lindíssimas.
Eles ainda têm uma lojinha de artesanato onde expõem bonecas, bolsas e colchas feitos com amor pelos artesãos da comunidade. Tudo com muito capricho.
O local é muito agradável, difícil não se sentir em casa. Logo na entrada avista-se gangorras nas arvores que nos remetem a nossa infância e faz brotar um sorriso no rosto mesmo sem querer. Paralelo a exposição, como acontece um domingo no mês, hoje teve roda de capoeira. O som do berimbau e gingado da capoeira de Angola faz-nos imediatamente entender de onde vem a malemolência baiana. Bom demais.
O Museu fica próximo de um importante ponto da Ilha, a Fonte do Tererê que parece estar posicionado estrategicamente para sua água refrescante salvar a andarilha como eu, no escaldante calor baiano.
Fazer uma visita no Museu de Memória Viva dos Quilombos do Tererê e Maragogipinho é, com certeza, um passeio enriquecedor que deve ser feito por toda a família, nativa ou não da Ilha de Itaparica.
Mais informações : http://quilomboterere.wixsite.com/quilomboterere
Agende sua visita com:
71 98845-4270 (Reitel – Direção)
71 98821-2560 (Gustavo – Adm)
71 98768-6968 (Budião – Comunicação)


Este projeto trouxe um novo olha para o nosso bairro e uma grande valorização do povo quilombola
Sem sombra de dúvidas Rute.